Como as dietas das celebridades impactam a rotina alimentar e a relação com a comida
- Luana Nunes
- 28 de jan.
- 3 min de leitura
A alimentação é parte essencial da nossa saúde, mas em tempos de redes sociais, a influência das dietas de celebridades tem moldado os hábitos alimentares de grande parte da população, as quais acreditam em verdadeiros milagres ou mitos criados por meio de propargação de notícias falsas ou sem pauta de referência. Exemplos como a dieta da Gracyanne Barbosa, conhecida pelo alto consumo de ovos, e as escolhas alimentares de Melania Trump, de outros famosos, frequentemente despertam curiosidade, mas também podem gerar insegurança alimentar e práticas inadequadas, visto que nem todos possuem acesso aos mesmos recursos, como os próprios alimentos aos quais são bases destas dietas, suplementos especifícos, e principalmente o acompanhamento de um profissional que assegure a ingestão adequada de todos os nutrientes.
Gracyanne Barbosa popularizou o consumo elevado de ovos, reforçando a ideia de que proteínas em excesso seriam a chave para um corpo definido sendo que muitas destas pessas influenciadasd por tais práticas alimentares não praticam ao menos 1/3 de atividade física que a mesma realiza diariamente, o que traz a justificativa para o consumo deste nutriente em destaque no seu plano alimentar. Por outro lado, Melania Trump, associada a dietas extremamente restritivas e rotinas de alimentação regradas, destaca um estilo alimentar que muitas vezes exclui o prazer e a flexibilidade.
Essas tendências não são isoladas: a dieta cetogênica, jejum intermitente e até a moda dos "detox" líquidos são exemplos recorrentes de estratégias adotadas por celebridades e amplamente divulgadas, mas nem sempre embasadas em ciência ou adaptáveis à realidade de todos. Infelizmente, muitas dessas práticas reforçam a insegurança alimentar e perpetuam uma busca incessante por padrões corporais que nem sempre refletem saúde. Se levarmos em consideração a ampliação ao acesso das redes sociais e a demonstração que o poder e o foco incide sobre grande parte da população quando se trata do alcance de um corpo magro e com baixo percentual de gordura, teriamos o contrário em séculos passsados, onde o status estava intrinsecamente ligado aos corpos curvilineos que tinham maior acesso as riquezas para poder esbanjar dos mais variados alimentos.
Como nutricionista, percebo diariamente os impactos desse tipo de influência no consultório, pois muitos pacientes chegam com dúvidas, inseguranças e, muitas vezes, já enfrentando consequências físicas e emocionais de práticas alimentares inadequadas, com desenvolvimento de transtornos alimentares e grande falta de discernimento spobre certo ouerrado na alimentação, sendo que esta cintextualização não é existente. É aqui que meu trabalho se torna essencial: desmistificar modismos, trazer segurança científica e oferecer um plano alimentar que respeite a individualidade e a realidade de cada pessoa, pois a alimentação não precisa (e não deve) ser uma prisão. Meu papel é guiar as pessoas em direção a uma relação saudável com a comida, promovendo equilíbrio, bem-estar e, acima de tudo, saúde sustentável a longo prazo.
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